desde junho 2011

de modelo a toda terra

Trazida pelas Águas de Março a Porto Alegre, Elis Regina Carvalho Costa veio ao mundo, o que confirma o seu imprint gaúcho.
A formação da cabeça de música de Elis Regina, neste período determinante, upbringing, é sulina e convém destacar que corrobora sua maneira forte (aguerrida e brava) de ser.

Anos 70 e 80  > São Jerônimo, Porto Alegre (RS)

    LPs
    Na sala de minha avó ouvi os primeiros vinis de Elis, numa eletrola Belphonic, além de tê-la pelo rádio, pela TV (Chacrinha) e pelas revistas.

    Bar do Chiká
    Minha avó havia alugado a frente de sua casa, para o que foi um reduto de jovens que curtiam MPB.
    Regional
    A cada aniversário meu irmão contratava um conjunto que era pura MPB e seus convidados cantavam junto.

    Elis Vive!
    Depois que Elis pediu a conta, estudava no Instituto Cultural Brasileiro Norte-americano e no trajeto via os muros pichados.
    • 1985
    Elis Elis
    Um momento marcante foi quando Emilio Santiago venceu o Festival dos Festivais com a música homenagem.
    Anos 90  > São Leopoldo (RS)

      "Uma tal de Mr. and Mrs. Ellis"
      No Centro de Comunicação da Unisinos, na disciplina Cultura Brasileira dada pelo professor Sérgio Endler, escolhi como tema de meu trabalho Elis Regina e assim começaram as investigações. Fazer clipagens já era uma prática e tornou-se uma espécie de colecionismo para mim.
      • 1995  > Montreux (Suíça)

        Mural da estação de trem Territet
        Me arrepiei, quando me deparei com o que não lembro se era mosaico ou pintura, com os ícones da MPB que por lá passaram.

        Década de 2000

          • 2001
          Só Tinha de Ser com Você
          Usava rímel azul, então fui conquistada com a esta interpretação de Elis.
          • 2005
          Acervo Elis Regina 
          Conheci o memorial na Casa de Cultura Mario Quintana e quando recebo visitas é um dos pontos turísticos que levo para visitar.
          As Músicas Que Fizeram Sua Cabeça
          Como ouvinte assídua da FM Cultura, uma rádio legitimamente com caráter de valorizar o que é feito no Brasil e que independe de jabá, acompanho o gosto musical dos entrevistados que não raro elegem Elis.
          CDs de Elis e da Maria Rita
          Adquiri e me emocionei. Com toda admiração e sensação de revival, hoje posso afirmar que a diferença além do alcance vocal está no contexto autoritarista que delineou a carreira musical e na reeducação coreográfica de Elis por Lennie Dale.
          • 2006
          Revista Aplauso (81 de 19/12)
          Já me interessava por memorabilia e quando olhei  Elis Regina, 24 anos, desabafa e pede ajuda; fruto do garimpo de Juarez Fonseca, reforçou uma das minhas paixões: a crítica genética, o registro da atmosfera íntima.
          • 2007
          Diálogo Possível
          Através do livro Entrevistas da Clarice Lispector pude acompanhar o que pinçou de Elis.

          • 2008
          Teatro Modulável Elis Regina
          Participei do evento "Intervenção em Bens de Valor Cultural", no Memorial do Ministério Público, no qual o Arquiteto Rufino Becker apresentou o projeto.
          • 2009
          Comecei a mexer na história cultural brasileira, na Escola de Design Unisinos, mais precisamente da década de 60 até 82, fui reunindo matérias e manipulando toda espécie de registro do cenário do BR Grande, do BR Potência, da expressão cultural e do sufocamento ditatorial. Tomada por este zeitgeist uma das músicas que tocaram dentro de mim foi Querela do Brasil.
          Assisti uma sessão comentada de Piaf, um hino ao amor, e nesta ocasião foi citada a Elis, pela força pulsional.
          • 2010
          Salada Elis Regina
          Encontrei no cardápio da pizzaria Pizza em Fatias, lá da Cidade Baixa.
          Som Brasil Bonito
          A rádio sulina Itapema, preza pela MPB, apresentando a fina flor da música brasileira e quase que diariamente Elis faz parte do playlist.
          Fui cortejada, entre Rios, com músicas da Elis.
          • 2011

          Em março assisti o XXIV Fórum da Liberdade e foi distribuído este livro, no qual Juarez Fonseca dedica um capítulo à música anos 60.
          Casa no Campo
          Durante o mês de janeiro passei cantando e em maio reencontrei, no quarto da bagunça, o trabalho datilografado que havia feito na faculdade, em 1990.
          Em meados de junho, fui questionada por um designer carioca, por usar a expressão quando as coisas não me calam fundo: "não me bate a passarinha", o porque que dizia assim, tentei rever de onde vinha e só lembro de entrevistas da Elis em que falava tais palavras.
          Daí surgiu a inquietação e resolvi com um olhar inventariante e com critérios iconográficos rever o discurso de Elis, além do seu legado e dei início a esta parede da memória