desde junho 2011

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Elis e Porter

Sósia

Aberturas

Ninguém vai fazer da minha vida uma novela, nem vou sair da minha estrada por causa de fofocas. Até porque quem paga as minhas contas sou eu.

Elis e Joplin

Um Deus que nasceu nas Alagoas

Agora sabe o que que eu acho ótimo mesmo, eu acho que pintou um negócio, pintou uma coisa legal do Hermeto e de mim. Quer dizer aquele lance que é mais forte. Aconteceu um negócio gostoso, bicho, que é o seguinte é que eu saquei que nem ele nem eu a gente não é colonizado, a cabeça da gente não é. A gente tem um orgulho lascado de ser brasileiro. Não tem vergonha de fazer samba, não tem vergonha de tocar triângulo, pandeiro, pomba sabe. A gente não tem vergonha da BRAZUCA. Isso é a maior coisa que podia ter acontecido, sabe. E que me desculpe a oposição, sabe. E pra que falar de jazz se um país como este de repente se dá ao luxo de botar em cima da terra esse albino estrábico que deve ter problemas terríveis ...

Pai de Todos, Fura Bolo e Mata Piolho

Todo mundo fala da geração dos filhos da bossa-nova. Isso não existe: são todos filhos do TOM e do Vinicius

Tom & Elis

Sapoti e Elis

Elis Leny Pery

Maysa, Isaura Garcia, Elza Soares


Manchete
2149 (6/1993) Maysa e Elis Regina, as Deusas da Canção

Paixões

A sede passou porque eu já sei mais ou menos como é que é tudo. Então eu vou com mais calma e em vez de ser programada eu programo, em vez de ser usada eu uso, em vez de permitir abusos se tiver algum que ser cometido eu os cometo porque eu tô cometendo em defesa do meu consumo que é o negócio que mais me interessa. Mas em termos de paixão pela minha profissão, paixão pelas coisas que eu faço, paixão pela minha música e pela minha terra e pelas minhas coisas, eu acho que eu até tô mais desvairada do que naquela época.

terça-feira, 28 de junho de 2011

D I L E S

A coleção Verão 2012 da Diles tem como principal inspiração a cantora Elis Regina, pois a grife acredita que ela é sinônimo de sofisticação, irreverência e feminilidade.

Sonho de Moça Gaúcha

O vestido de Elis Regina
Nos anos 60, um dia telefona-me Elis Regina, dizendo que vai casar e quer realizar o sonho de toda moça gaúcha: casar com um vestido assinado por Rui. Deixamos acertado que, quando ela pudesse, mandaria um telegrama avisando em que dia e hora poderia comparecer no ateliê. Chegou na hora marcada, muito simples, bem descontraída, extremamente simpática. Visivelmente emocionada, contou com paixão daquele seu sonho de casar e poder pagar do próprio bolso o seu vestido, feito pelo costureiro de sua escolha, sobretudo porque ela batalhara tanto e superara tantos obstáculos para chegar aonde estava. Com sua voz ela havia construído uma carreira e agora com os fruos de seu trabalho estaria pagando o seu vestido de noiva.
Desenhei tres vestidos e ela escolheu um modelo de organdi suíço, muito usado na época, todo debruado na barra e um véu estilizado de cetim azul claro. Elis Regina vibrou com a ideia daquele vestido e, na saída, ainda me comprou uma bolsa de viagem, que pagaria quando viesse fazer a primeira prova. Dois dias antes da prova, ela me manda um telegrama, dizendo-se impossibilitada de vir a Porto Alegre na data marcada e pedindo um adiamento. O toile já cortado, tudo pronto para a primeira prova e nos chega um terceiro telegrama, cancelando a encomenda por motivos de força maior.
Em seguida a isso, os jornais publicaram, com grande repercussão, que Dener faria o vestido de noiva de Elis Regina. Concluí que Ronaldo Bôscoli, o noivo, um homem que certamente sabia como promover as pessoas na mídia, aconselhara Elis a procurar Dener. No que ele acertou em cheio. Aquele vestido de noiva foi dos mais comentados nas últimas décadas, belíssimo, e principalmente a cabeça chamava a atenção: grandes flores intercaladas num coque alto. O meu não ficaria menos bonito. É outro estilo.
Toda a imprensa nacional publicou (e continua publicando) as fotos daquele casamento de Elis Regina. Por muito tempo ainda guardei de lembrança o toile cortado daquele vestido de noiva que não fiz. E a bolsa de viagem, deixei de presente para ela.

Casas de Elis

A coisa mais importante do mundo é a minha casa!



domingo, 26 de junho de 2011

O Luxo


  • Maria Stella - É que eu hoje quero assistir à estréia da Elis Regina no Olympia.
  • Dener - De madrugada reencontrei Maria Stella, que chegou coberta de poeira, vinda do Olympia, onde assistira a Gilbert Bécaud e ouvira Elis Regina, que está dando sopa em qualquer auditório do Brasil.
Vestidos da Elis Regina
O vestido de casamento de Elis foi feito pelo costureiro Dener Pamplona de Abreu, que também foi seu padrinho de casamento. No seu primeiro show no Olympia de Paris, o vestido também foi feito por ele, que era seu grande amigo. (Marcos Borino ajudante de Dener)

Elis e Lins por Motta



Fatos e Fotos
533 (22/4/1971) Elis Regina & Ivan Lins

Elis e Bosco por Ziraldo


Elis e o IAPI


Rockefeller perde pra mim se levar em conta o meio de onde eu saí e as chances que eu tinha de chegar a ter algum poder econômico.



sexta-feira, 24 de junho de 2011

Pequenas Notáveis

Elis a la Carmen Miranda

Gurilândia

Ruth Regina

Psicodélica

Revista Noturno - guia mensal de sorte e felicidade
121
96 (5/1967)

Jô e Elis

5 anos sem Elis

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Às Margens

Elis tinha como ídolo favorito Carlitos e ambas estátuas coincidentemente foram instaladas frente a lagos.

Gauchinha Arretada

Liliqueti

Legado Cultural


Recuerdan a Elis Regina y su legado cultural por teleSUR_tv

Diálogos Possíveis

Entrevista musical à Clarice Lispector
906 (30/8/1969)
"Eu me encontrei tanto nessa coisa de cantar que jamais pensei em procurar outros caminhos".
Elis Regina tornou-se conhecida nacionalmente em 1965, ao sagrar-se vencedora do I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior, defendendo a música “Arrastão”, de Edu Lobo e Vinícius de Moraes.

Ao lado de Jair Rodrigues apresentou um dos programas musicais mais importantes da televisão brasileira: “ O Fino da Bossa”, estrelado em 1965 na TV Record. Lançou inúmeros compositores como Milton Nascimento, Ivan Lins, Zé Rodrix, Belchior, Aldir Blanc e João Bosco.

Pequenina, de traços delicados, cabelo cortado rente à cabeça, movimentos livres, gesticulando um pouco, com uma inteligência alerta e rápida, facilidade de expressão verbal – eis Elis Regina, pelo menos uma delas.

Por que você canta, Elis? Só porque tem voz magnífica? Conheço pessoas de ótima voz que não cantam nem no banheiro.
Sei lá, Clarice, acho que comecei a cantar por uma absoluta e total necessidade de afirmação. Eu me achava um lixo completo, sabia que tinha uma voz boa, como sei, e então essa foi a maneira para a qual fugi do meu complexo de inferioridade. Foi o modo de me fazer notar.

O que é que você sente antes de enfrentar o público: segurança ou inquietação?
Inquietação. Sou segura em relação ao que eu vou fazer, mas profundamente inquieta quanto a reação das pessoas que me ouvirão.

Se você não cantasse, seria uma pessoa triste?
Seria uma pessoa profundamente frustrada e que estaria buscando uma outra forma de afirmação.

Qual seria essa outra forma de afirmação?
Não tenho realmente a menor ideia, porque eu me encontrei tanto nessa coisa de cantar que nunca pensei nisso.

Você é um tipo extrovertido. É natural em você ou você se faz assim a si mesma para não se deprimir, ou seja, fala tudo para não ficar muda?
Sou um ser do tipo sanguíneo que oscila muito. Tenho momentos de extrema alegria e momentos de profunda depressão. Não obedeço a uma agenda: hoje vou sentir isso, amanhã vou sentir aquilo. Reajo aos acontecimentos à medida em que o ambiente reage sobre mim. Mas como sou hipersensível, as coisas têm às vezes um valor que a maioria das pessoas acham ridículo. Mas eu sou assim mesmo. Por exemplo, às vezes fico furiosa com uma pessoa cujo problema talvez, você contornasse com um simples puxão de orelha. Ao mesmo tempo, tomei agora consciência de que essa não é uma atitude lógica e estou procurando me reestruturar.

Que é que você tem feito de positivo em matéria de auto-reestruturação?
Estou fazendo um tratamento genial que é, dizem, moderníssimo – reflexologia.

Em que consiste?
Parte das descobertas dos reflexos condicionados de Pavlov. No meu caso, está sendo atacada de início a minha taquipsiquia, isto é, minha tendência de pensar mais rápido do que eu mesmo posso agir. Portanto quando as coisas chegam a acontecer, já tomaram proporções monstruosas, não na realidade, mas dentro de minha "cuca".

E como é que o médico intervém nesse sistema?
Primeiro, mostrou que tenho essa tendência e provou que isso é verdade. E está agora me dando condições psíquicas para que eu saiba exatamente o momento em que a aranha da taquipsiquia começa a se movimentar, e como devo jogá-la para fora de casa.

Você foi considerada má colega. Pelo que tenho lido a seu respeito, me parece pelo contrário: boa colega. O que é ser má colega?
Bom, toda minha vida disseram que fui má colega. Mas, enquanto eu dei quarenta no Ibope tive um programa de televisão na mão e as pessoas puderam se sobressair. Utilizaram-se de todas as vantagens que a artista Elis Regina poderia lhes dá no momento. Nenhum artista dos que hoje me acusam de má colega deixou de comparecer e usufruir de meu programa e meu sucesso. Então eu não sei mais quem foi e quem é má colega. Má colega, na minha opinião, é aquela que esconde seus parceiros. Eu, muito pelo contrário, nunca agi assim e fui até criticadíssima porque no meu programa acontecia de tudo, sem que tenha havido uma estrutura prévia. Se eu fosse a déspota que dizem, no meu programa só daria eu. Mas acontece o oposto: quanto mais pessoas estiveram agregadas ao processo, melhor para mim. Seria mais cômodo ter a minha gangue, e não trabalhar como trabalhei tanto tempo com gente diferente e de sucesso. Que meus colegas digam que sou uma pessoa geniosa, dou a mão à palmatória. Mas mau caráter é quem cospe no prato em que comeu.

Se você não pisasse no palco, o que faria de sua vida?
Não sei. Realmente não tenho a menor ideia.

Pense agora então.
É que o palco está tão ligado à minha maneira de ser, à minha evolução, aos meus traumas, que eu acho que me separar de um palco é coisa que castrar um garanhão: ele deixa de ter razão de existir.


A vida tem sido boa para você?
Muito boa. Acho até que tenho mais do que mereço ter. E não estou fazendo demagogia barata: acho mesmo isso.

Você já esteve apaixonada? Se esteve, suas interpretações mudaram nesse período?
A pessoa apaixonada se comporta completamente diferente em relação a tudo, principalmente sendo sensível como eu sou.

É bom estar apaixonada?
Bem melhor do que não sentir nada!

Você mudou seu estilo de cantar. Por exemplo, não usa tanto os braços. Por que a mudança? Para sair da rotina ou porque você ficou mais moderna?
A gente vai vivendo – e eu sou uma pessoa que vive intensamente, tirando o máximo de tudo – a gente vai vivendo e modifica-se a cada dia. Juntando-se a isso a pouca idade e maturidade incompleta no meu início de carreira, é absolutamente normal, penso eu, que eu esteja me modificando sempre, Acho que nenhum ser tem o direito de se cristalizar nem os outros têm o direito de exigir isso dele.

Como é que você tem recebido os comentários negativos sobre Elis Regina?
Procuro antes saber porque a pessoa falou isso. Depois, analiso se existe algum envolvimento pessoal na crítica. Faço a soma; tiro a prova dos nove, e passo a limpo, se for o caso.

Quando você está em casa, com tempo disponível, e pôe um disco na vitrola, quem canta nesse disco?
Frank Sinatra
respondeu Elis prontamente, sem hesitação.

Dizem alguns que seu show é o Mièle. Que é que você acha?
Este show é um conjunto de coisas. Talvez, mais que Mièle, o show seja Bôscoli. Isso no que diz respeito a parte dos bastidores. Agora, em palco, Mièle é o maior artista que já vi trabalhar em cena, além de tudo que ele faz é absolutamente natural: ele é assim. Sinto-me profundamente feliz de ter sabido escolher bem, mais uma vez, o meu parceiro de trabalho. Não se deve esquecer também, nas críticas, que eu sou a íntima conhecida de todo o mundo e que o Mièle é que é o novo no espetáculo. Sei que não sou nenhuma novidade. Mas estou feliz que a novidade seja exatamente Mièle, que é meu amigo, meu produtor, meu confidente e uma das poucas pessoas que me retribuíram no pouco que lhes dei.
Estava mais ou menos encerrada a entrevista, se bem que esta pudesse se completar muito mais. Foi o que aconteceu quando Elis me deu carona no seu carro e conversou muito comigo. Infelizmente não posso transmitir a conversa, que me mostrou uma Elis Regina responsável, misteriosa nos seus sentimentos, delicada quanto aos sentimentos dos outros. Uma Elis Regina, enfim, que tem mais problemas do que o de ser acusada de mau coleguismo. Mostrou-se uma Elis Regina que não quer ferir ninguém. Se há outras Elis, no momento, não me foi dado ver. A que eu conheci tem uma espontaneidade e uma simpatia raras.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Elis e Marias



Gadú tem um background semelhante ao da Elis, em termos de experiência, gesto e risco, e quanto a performance é pura entrega.

Bienal do Samba


Sintonia Fina

A preferência musical de quem faz MPB
Seleção de músicas que fizeram a cabeça de Elis
  1. Caminhos Cruzados
  2. Canção da América
  3. Divino Maravilhoso
  4. Lumiar
  5. Nem Luxo, Nem Lixo
  6. Paisagem Útil
  7. Para Lennon e McCartney
  8. Refazenda
  9. Retiros Espirituais (Banho de Lua)
  10. Um Girassol da Cor de Seu Cabelo - Vento de Maio
  • O Medo de Amar é o Medo de Ser Livre
  • O Trem Azul

Elis - Londres

Elis na Suécia

terça-feira, 21 de junho de 2011

Elis e Simonal

Poema Enjoadinho

Uma Noite em 67

O Mundo Melhor

Dor-de-cotovelo

O muro começou a pichar

Haloo haloo marsilainen

Beatlemaniáca

Elis Aguerrida

Eu sou guerreira e pego a metralhadora para sair atrás de quem me enche o saco.
Na verdade eu não afirmo nada em relação a ninguém: só dou o tiro, quem mata é Deus.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Elis crooner

Pensando Porto Alegre: reflexões sobre a cultura da cidade
Música nos anos 60: uma década quase esquecida
Juarez Fonseca - Crítico Musical
  • A segunda metade dos anos 50 viu surgirem mais de vinte melódicos em Porto Alegre, sendo o Flamingo e o Flamboyant os mais requisitados depois do Baldauf.
Mais adiante, a Folha da Tarde chegaria a promover, durante cinco ou seis anos, com grande participação de público, um Festival de Conjuntos, quase sempre vencido por Baldauf ou Flamboyant. Os campeões Flamboyant e Baldauf algumas vezes tiveram Elis Regina como crooner. A ex-menina prodígio do Clube do Guri, um dos programas de maior audiência da Rádio Farroupilha, tornou-se em 1959 a principal estrela do elenco da rival Rádio Gaúcha, atração fixa do "Programa Maurício Sobrinho", apresentado aos sábados no Cine Castelo. No ano seguinte, Elis lançou pela gravadora Continental seu primeiro disco, um compacto puxado pelo calipso Dá Sorte, que logo conquistou as paradas locais de sucesso, como o programa da Gaúcha "Campeões da Semana Eucalol", onde também costumava cantar.
  • Um dos mais conhecidos clubes de jovens de Porto Alegre era a Equipe GM. Em 22 de maio de 1963, a Equipe GM promove, no moderno e elegante Cotillon Club, o "lançamento da dança da bossa em Porto Alegre". Os garotos da GM montaram o show Pequena História da Bossa Nova, seguido de quatro apresentações especiais: Luiz Henrique e Conjunto, Mutinho, Joãozinho do Violão e Elis Regina, arregimentados por um dos integrantes da equipe, Ayrton dos Anjos, que vivia no meio dos músicos. Elis já tinha gravado mas ainda não lançado o terceiro LP, pela gravadora Colúmbia. Os dois primeiros, feitos em 1961 e 62 para a Continental, recheados de versões, só tinham um compositor gaúcho, mais conhecido como ator de radionovelas, Eleu Salvador, de Dá Sorte. Neste terceiro apareciam Silêncio, de Túlio Piva, Tristeza de Carnaval de Mutinho/Bidú, e... nossa já conhecida Formiguinha Triste, de Joãosinho.

No segundo LP da Colúmbia, O Bem do Amor, lançado também em 63, Elis lança mais quatro músicas de gaúchos: Sem Teu Amor, Mania de Gostar (ambas de Luiz Mauro), Meus Olhos (Sérgio Napp) e Mundo de Paz (Túlio). A partir destes dois discos e da mudança para o Rio de Janeiro, em março de 1964, ela entra sem volta no ritmo do samba, chegando a consagração nacional no ano seguinte, com a gravação ao vivo, em São Paulo, do hoje clássico Dois na Bossa, em dupla com Jair Rodrigues.
  • As gravações por Elis de músicas de Mutinho, Luiz Mauro, João Palmeiro e Sérgio Napp são os únicos registros contemporâneos daquele movimento bossa-novista.

  • Houve dois ou três festivais antes, mas o que marcou o início de um novo momento foi o I Festival Nacional de Música Popular Brasileira, realizado pela TV Excelsior com final (6 de abril de 1965) no Rio e a vitória de Arrastão, de Edu Lobo e Vinícius de Moraes, interpretada por Elis Regina. É mais ou menos nesta altura que começa a surgir a sigla MPB e a encerrar-se o capítulo da bossa nova original.
  • A nova trilha-sonora dos jovens brasileiros também começaria a se dividir depois do II Festival da TV Record, vencido em 21 de outubro de 1967 por Edu Lobo com Ponteio, ficando em terceiro Roda Viva, de um Chico Buarque diferente do lírico autor de A Banda. Antes desse festival, até entre os artistas da TV Record, em São Paulo, havia o duelo maniqueísta violão x guitarra: os que defendiam as raízes da MPB, a "música séria", como Elis e Edu Lobo, e os que apoiavam o pessoal da Jovem Guarda, incluindo Jorge Ben.

sábado, 18 de junho de 2011

Elis bauhausiana

Ellis e Marcello

Capricho
239 (1970) Elis vai parar de cantar? Elis Regina grávida
Fatos e Fotos

493 (16/7/1970) Elis: porque resolvi ser mãe? "meu filho não nasceu por acaso"
533 ano XI (22/4/1971) Elis Regina também está aqui
Amiga
101 (1972) Elis sem Ronaldo: "agora, João Marcelo é meu único amor"
Trip
87 ano 14 (3/2001)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A transformação de Elis

Veja
15 (1968)
386 (28/1/1976) Elis, a porta-bandeira
1976 Falso Brilhante
25/10/1978 Transversal do Tempo
Como foi que sua experiência no engarrafamento se transformou num espetáculo?
Eu tinha um contrato assinado com o Teatro Leopoldina em Porto Alegre. E, entre fazer um recital, um concerto simplesmente, preferi chamar algumas pessoas para dirigir, iluminar e coisas do tipo. Aí foram surgindo ideias. Aquele engarrafamento me deixou uma impressão muita forte, principalmente porque eu estava grávida e me senti indefesa naquela hora. Tinha helicópteros de um lado, cavalos de outro, gente correndo por todos os lados. E eu estava ali, sem ter escolhido isso. Estava fechada dentro de um táxi, com medo, sem poder falar com o chofer, porque você nunca sabe com quem você anda, e o Ubaldo tomou conta de mim. A analogia veio depois, porque na hora você faz a fotografia, a ampliação vem depois. Quer dizer, assisti, ao vivo, a falta de respeito que está solta pelo ar. A falta de respeito existe para com o rio, a pessoa, a árvore, o passarinho. Esse desrespeito, na verdade, criou uma situação de impasse. Você sabe que o sinal de trânsito só vai ser aberto quando o guarda resolver abrir. Enquanto isso, você está dentro de um táxi e tudo acontecendo. Você imagina saídas, mas o sinal não abriu, o que podemos fazer? Ficamos sentados dentro de um táxi, numa transversal do tempo, esperando. Não te perguntam nada, não te pedem opinião.
* Transversal do Tempo estreou em Porto Alegre, seguindo depois para Lisboa, Roma, Milão, Paris, Barcelona, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Salvador,
Belo Horizonte e Curitiba. Roteiro e direção: Maurício Tapajós e Aldir Blanc. Cenários e figurinos: Melo Menezes. Direção musical: César Camargo Mariano.
Isso tudo está jogado no espetáculo?
Está dentro do espetáculo. A angústia, a claustrofobia e também as várias fugas. A alienação que pode vir através dos embalos de qualquer dia da semana. Na realidade, não é um espetáculo feito para dançar. Alerto que os bailantes se sentirão muito agredidos, portanto não me cobrem. Se quiserem assistir, já estou avisando antes. Também não estou dizendo que todo espetáculo deva ser assim e também não quero dizer que todos os outros farei desta forma. Mas eu peço desculpas, usando as palavras do Vitor Martins: Me perdoem, os dias são assim. A partir do momento em que resolvi que minha arte deve ter ligação com a realidade em que vivo, mínima que seja, lamento imensamente a cara amarrada, a falta de espaço, a falta de amigos. Também não fui preparada para isso, é o que me está sendo dado para digerir. Gostaria que fosse diferente. Mas também, como a maioria das pessoas, estou esperando o guarda acionar a mudança de cor no sinal. Enquanto isso, eu canto um sinal de alerta.
Esse sinal de alerta pretende exatamente o quê?
Mostrar o momento político de impasse em que vivemos e o resultado dos momentos políticos que nos trouxeram a esse impasse. O partido político com o qual você conta para ser de oposição arregla e 41 saem da sala, se escondem debaixo do tapete ou no banheiro, só pode ser. Isso é uma porcaria quando você está nas portas do 15 de novembro e tem que votar nesse partido de novo. Agora, vai votar no outro? Não, vota nesse e continua tudo na mesma. Esse é o impasse, a falta de escolha, a falta de espaço, de ar, de confiança, de relaxo.
Você acha que depois do Falso Brilhante não havia condições de apresentar um simples recital?
O artista não pode aceitar, em hipótese alguma, a rotulação de fora para dentro, quer dizer, toda e qualquer ação de cima para baixo tem que ser, imagino, rechaçada. Eu não posso, de nenhuma maneira, me sentir coagida. Porque, se eu começar a aceitar esse tipo de imposição de fora para dentro, eu estarei aceitando o rolo compressor. E me parece que várias áreas da nossa sociedade brigam hoje em dia, justamente, para não aceitar o rolo compressor.
Estaria aí a explicação para as diversas fases de sua carreira?
Acho que sim. E também explica a precipitação de uma série de pessoas que não permitem ao ser humano desenvolver-se naturalmente. Existe uma série de lacunas que precisam ser preenchidas. Então, quem tiver disponibilidade para carregar o fardo, vai ser usado, na medida em que ele deixa ser usado. Eu falo isso porque quando pintei tinha 20 anos e sequer quiseram me permitir, num determinado momento, fazer as estripulias normais de uma adolescente. Já começaram jogando nas minhas costas uma sobrecarga violentíssima, que talvez eu tivesse condições de arcar com ela agora, aos 33. Foi uma violência, mas se foi cometida, eu permiti. No final das contas, uma mão lava a outra. E as diversas fases pelas quais fui passando determinaram-se, evidentemente, por um processo de amadurecimento e também por sufocos momentâneos. Parti do princípio de que uma cabeça conturbada não consegue organizar atos lúcidos. Então, acho que agindo, agitando, sentindo capacidade para desenvolver, criar, retomar e iniciar uma série de coisas, não é possível fazer julgamentos. Julgar uma pessoa de 33 anos chega mais ou menos na raia do ridículo. Eu ouvi pessoas dizendo que o Chico Buarque já era, quando ele tinha 25 anos de idade. A verdade é que, naquele momento, o que interessava era outro tipo de manifestação musical que estava pintando no país. E, no entanto, temos aí o Chico Buarque quase entronizado, a figura de nosso segundo patriarca.
Em termos de postura artística, de escolha de repertório, no que exatamente o tal rolo compressor chegou a você?
Teve uma fase infantil, ou juvenil, eminentemente romântica. Foi quando cheguei ao Rio de Janeiro e comecei a cantar músicas que se pareciam muito com o que eu ouvia na aula do professor Jorge, o zorro vingador dos meus 18 anos. E, como toda pessoa que está saindo da escola, não participando de nada efetivamente, não lançando profundidade em nada, acaba se tornando superficial. Eu achava que era correto porque assim eu tinha ouvido e batia com meu conceito de justiça. Mas era muito romântico.
Foi uma fase mais emotiva do que verdadeira.
Exato. Depois, evidentemente entrou uma coisa que me chamou muita a atenção, que foi a paixão pelo som da minha voz. Quer dizer, uma pessoa estrábica, baixinha, gordinha, pobre, tudo ao contrário, de repente vira a cinderela. E cinderela mesmo, com abóbora à meia-noite e fada madrinha que era a TV Record, o Fino da Bossa. Mas as pessoas não dão tempo nem desculpam a infantilidade. Isso realmente é uma pobreza. Eu me vi, de uma hora para outra, na sala com o príncipe e podia até ser que o sapatinho de cristal coubesse no meu pé. E uma certa bronca que tenho é que não me deram nem tempo para curtir este barato. Começou uma polêmica em torno de minha pessoa com falatórios sobre coisas que eu realmente tinha feito e outras que diziam que eu havia feito. E então confundiu, embolou o meio de campo e até organizar tudo de novo demorou uns cinco, seis anos. Se a pressão não fosse tão forte, talvez eu tivesse passado por essa fase não cinco anos, mas um ano e meio.
No final das contas, a sua fase de deslumbre durou mais do que devia?
As pessoas muito jovens, quando se sentem pressionadas demais, parece que fazem questão de reincidir no erro, para mostrar que elas é que estão certas. E foi assim não só com a minha carreira, mas com minha vida pessoal também. Até que eu fiquei grande, virei mãe, cresci. Já não tinha mais mãe, eu era a mãe. Aí voltei a me dar o direito de administrar minha vida e fazer dela o que bem entendesse, desde dormir com quem quisesse até trabalhar com quem resolvesse. E até mais recentemente eu me mandar profissionalmente, eu ser meu próprio patrão. Acho que esse processo, mesmo lento, é uma chance que deveria ser dada a toda e qualquer pessoa. Porque, afinal, quem não deu as suas mancadas?
Você considera um erro, então, a sua fase perfeccionista, quando muitos te acusavam de ser uma cantora técnica e fria?
Durante um certo tempo eu achava que havia um certo exagero por parte das pessoas. De uns tempos para cá - inclusive por causa da constante reafirmação dessa fase tecnicista -, eu fui dar uma ouvida nos discos que gravei nessa época. Era uma questão de me confrontar comigo mesma e saber onde estava a sementinha que gerou tudo. Confesso que 80% do que fiz, eu refaria de uma forma completamente diversa. Não sei se estava errado porque eu estava errada, ou porque hoje estou completamente diferente, minha cabeça mudou estupidamente de dois anos para cá. Objetivamente, acho que a crítica existe e não é infundada. Agora, o que determinou, eu também não estou mais a fim de saber, porque estou vivendo em 1978 e faz muito tempo que chutei a análise para escanteio.
Não seria, no caso, uma supervalorização da técnica de cantar, de se apresentar, onde a sua antiga emoção deixou de existir?
Talvez a emoção tivesse motivo. Talvez, se ela saísse, seria algo tão massacrante para mim que a saída foi correr, fugir da raia. Agora, técnica de cantar eu tenho e vou morrer tendo. Hoje talvez eu esteja muito mais tranqüila em relação ao passado e mesmo ao presente, para poder até controlar o grau de emoção que posso soltar, para não me machucar. Você não pode ser uma Joana D’Arc todos os dias porque acaba realmente queimada. O que consegui com o tempo foi não bloquear a emoção, deixar que ela venha, mas não ser a Joana D’Arc, não ter pena de mim. Eu sou uma profissional, quando estou no palco represento de verdade, mas sei que estou apenas representando. Quem me ensinou isso foi o Ademar Guerra, ele explicou até onde
podemos ir para chegar na emoção e o que fazer para que a emoção continue presente diariamente. Mas que você tenha consciência de que está representando e não se mate todos os dias. Todo mundo precisa de técnicas para viver. O que tenho na garganta é um instrumento. Se o pianista precisa estudar anos a fio para executar seu instrumento, por que eu não tenho que estudar também para usar minha garganta, ou saber usar o microfone que é o meu instrumento auxiliar, que amplia minha voz? O problema é que existe muita fantasia em torno da minha profissão. É muito paetê, muita lantejoula, mas no fundo esse é o verdadeiro
falso brilhante. É mentira tudo o que cerca a minha atividade. Eu como igual a todo mundo, durmo, gosto de ser elogiada, quando sou criticada fico ressentida, mas vou procurar depois saber o que aconteceu. Só que eu dou capa de revista e outros não dão.
Essa guinada na sua vida, há dois anos, se explica no espetáculo Falso Brilhante?
Não, o Falso Brilhante foi a eclosão de uma guinada que começou há seis anos. Foi mais ou menos como um quebra-cabeças, juntando pecinhas. E o problema todo era reconstruir esse quebra-cabeças. A conclusão foi enfim o espetáculo, mas também não foi uma explosão para ser aquela e acabar. Estou dizendo que estou viva, quero fazer minhas coisas, continuar não aceitando a rotulação de fora para dentro, de cima para baixo. E vou continuar a vida inteira de camicaze por uma questão de temperamento. É isso que me faz ficar de pé, me instiga, me põe em questionamento eternamente.
Esse seu comportamento está colocado em Transversal do Tempo e tem recebido algumas críticas. Chegaram a dizer que o show tem um tom panfletário.
Panfletário porque o dom da contestação é propriedade privada de uns três ou quatro no país. Disseram também que o show falava de coisas passadas, que aconteceram em 1968. Agora, eu não tenho culpa se essa pessoa está vivendo num bairro em que não acontecem coisas que estão acontecendo no meu. Estou vendo. Vi no Recife, em Belo Horizonte, Salvador, Curitiba. Será então que só eu estou vendo? Então os jornais estão mentindo todos as dias. O que você pode discutir é a necessidade ou não de uma pessoa fazer um espetáculo desse tipo. Aí eu pergunto: dá licença de eu achar que sim? Eu sou assim, não fui sempre, fiquei. Azar o meu. Agora, otimista eu continuo sempre.
Foi a propósito desta postura que se acabou ressuscitando o fato de você ter se apresentado nas Olimpíadas do Exército.
Eu cantei nessas Olimpíadas e o pessoal da Globo todo também participou. Todos foram obrigados a fazer. E você vai dizer que não? Eu tinha exemplos muito recentes de pessoas que disseram não e se lascaram, então eu disse sim. Quando apareceu isso eu procurei o Aldir Blanc e disse: Poxa, que sacanagem. E ele falou: Você cedeu como cederam os 90 milhões. Agora, é fácil acusar. Quero saber o que essa pessoa estava fazendo quando eu estava cantando nas Olimpíadas. E tem mais, numa situação excepcional, idêntica, eu não sei se faria de novo. Porque eu morro de medo. Faço todos os espetáculos me borrando de medo todos os dias. Faço, mas com medo. E se mandar parar eu paro, porque medo eu tenho.
Outra acusação que geralmente fazem à sua pessoa é de ser geniosa, temperamental. É verdade?
Acho isso uma grande irresponsabilidade. Irresponsabilidade em relação ao tipo de informação que você passa adiante sobre uma certa pessoa. O tipo de mentalidade e imagem, conceito que está criando a respeito de uma pessoa. Como é que eu posso dizer, por exemplo, que o Jair Rodrigues é um cara que toda vez que canta faz de uma única maneira, se faz oito anos que não trabalho com ele? Como é que você pode dizer que uma pessoa é alguma coisa? Digo isso porque as pessoas que costumam fazer este tipo de crítica não me vêem há muito tempo. As pessoas não dão chance a ninguém de se modificar, de evoluir, de regredir. Porque no dia em que ela tiver que reorganizar o seu fichário na pasta ou no compartimento Elis Regina, vai dar muito
trabalho. Eu não tenho a menor intenção de ser simpática a algumas pessoas. Me furtam o direito inclusive de escolher. Sou obrigada a aceitar quem passar pela minha frente. Me tomam por quem? Uma imbecil? Então eu não tenho gosto, não tenho preferência, não tenho padrões, modelos, nada disso? Sou algo que se molda do jeitinho que se quer? Isso é o que todos queriam, na realidade. Mas não vão conseguir, porque
quando descobrirem que estou verde, já estarei amarela. Eu sou do contra. Não vai me dirigir não. Decifra-me ou devoro-te? Não vai me devorar e nem me decifrar, nunca. Eu sou a esfinge, e daí? Nesse narcisismo generalizado, me dá licença de eu ser narciso um pouquinho comigo mesma? De fazer comigo o que bem entender, ser amiga de quem quiser, de levar para minha casa as pessoas de quem eu gosto? Qual é a faceta que estou mostrando pra você? A de uma profissional de música e ponto final. Porque bem poucas pessoas vão conhecer a minha casa. Sou a Elis Regina de Carvalho Costa que poucas pessoas vão morrer conhecendo.

613 (4/6/1980) Elis Regina - Um acerto de contas
29/7/1981 Elis ganha a parada
699 (27/1/1982) A Morte de Elis Regina: a Tragédia da Cocaína
26/1/2011 A voz: Elis Regina brilhou em São Paulo - Pedro Ivo Dubra
29/4/2011 Pedro Mariano dirige Elis Regina
2/5/2011 Obra de Elis Regina será disponibilizada - Alexandre Aragão
16/5/2011 Revivendo Elis

Histórias Verdadeiras



Midem

Boulevard des Capucines 43


Produção musical uma época de ouro da mpb jr sarsano
Elis Regina e Bossa Jazz Trio em uma época de ouro da MPB

InTerValo
307 - Elis em Paris
Manchete
830 (16/3/1968) Elis Regina Uma Festa em Paris831 (23/3/1968) Paris canta com Elis Regina: Elis Regina em Paris
O Cruzeiro
12 ano 40 (23/3/1968) Elis Regina: o sucesso em Paris

44 ano XI (2/11/1968) Elis Regina voltou ao Olympia
TV
359 ano VIII (1/4/1968) Elis conquistou Paris: Paris aos pés de Elis Regina

Elis Regina por ela mesma

A Dona da Voz: Grandes Atuações de Elis
No começo era apenas uma pequena e frágil mulher. Depois, com incrível luta, tenacidade, técnica e emoção, surgia a cantora que foi além dos limites do Brasil. Agora, o braço erguido em um gesto de vitória é um adeus. Agora, o mito está além da luz e sombra. Agora, Elis Regina é uma verdadeira “estrela” em nosso coração. Elis Regina vive

Furacão Elis

Regina Echeverria - Furacão Elis
Biografia

O Melhor de Elis Regina

Leniza & Elis

Elis Regina: Cantora do Brasil

Do inferno ao paraíso

49 Elis - do inferno ao paraíso
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Ellis Regente!

Considerando as comemorações do Sesquicentenário da Independência Elis gravou um comercial vestida com fraque de maestro, no qual regia cantores, que executavam o Hino Nacional, veiculado a partir de abril e apresentou-se em setembro na Olimpíada da Semana do Exército. Então, Henfil nas edições do Pasquim, 147 (25/4 a 1/5/72) Elis regendo entusiasticamente o coro dos mortos-vivos e
154
Fiquem certos de uma coisa: Elis Regina é melhor que a Ellis Regente!estampou seu humor de combate.
Elis posso fazer a 2ª voz ??
A Elis anda chupando pastilhas Valda
Eu sinto que a Élis tá emocionada, eu sinto ...
Élis umas tixas! Êlis! Ê! Ê! Êlis!
A Elis sabe o que está cantando. Ela viveu a música ...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Mulher Famosa

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Extrema Sensibilidade

Roberto Carlos: ele também está com a vida privada toda bagunçada. Ele também está rodeado por muita gente, sem saber quem são seus reais amigos. Eu aconselharia Roberto Carlos a fazer análise porque já vi de perto algumas reações suas, como uma consequência de sua extrema sensibilidade.
Fatos e Fotos
273 (23/4/1966) Brasa X Bossa - Roberto Carlos Elis Regina

Quatro Raças

Eu acho que Deus fez quatro raças: branca, preta, amarela e "jair rodrigues". Se houvesse uma raça de "jair rodrigues", o mundo estaria salvo.
Eu e Jair Rodrigues nos "casamos" para um trabalho com música. Se nós não tivéssemos nos tornado grandes amigos, a todo momento a dupla poderia se "divorciar". Entretanto, não corremos tal risco, pois há muito mais em torno de nós que um simples número musical, por melhor ou mais perfeito que ele seja.


Melodias - a revista da mocidade
Jair e Elis: o que um pensa do outro
Revista do Rádio
843 (11/1965) O Amor de Ellis Regina Não é Jair Rodrigues. Operação Salvou Cantora
Intervalo
260 (1967) Porque Jair não foi ao casamento de Elis?
O Cruzeiro
23 (8/6/1968) Elis e Jair: O Fino da Bossa em Buenos Aires
Cartaz
60 (25/4/1973) Elis Regina e Jair